domingo, 9 de março de 2008

iliófago

Habito a palidez do dia morbido sem crença em tudo que vi e ouvi.Não ha que ser esta uma simples confissão de fracassos.É apenas um olhar lucido sobre o exangue monstro que agora respira atraves de mim.Sou eu o fantoche seguindo a maquinaria de uma vida engendrada por loucos titereiros.Seguindo a risca tudo o que me incitam e me obrigam.Tenho eu de ser aquilo que querem que seja: parte de uma sociedade consumista que não enxerga a complexidade de existir.Alimentam-se apenas do desejo voraz pela frivola riqueza material.
Seria tão mais facil apenas deixar me levar numa maré de corpos iludidos,deliberadamente influenciados pelo corrupto pensamento alheio.Diga não ao questionamento.Simplesmente aceite tudo o que lhe dão.Engula as forjadas verdades amargas que fazem de você um corpo morto.Pálido sorriso de quem amava.Não quero que queiras.
Entre nós vejo interpor-se o abismo de um sentimento mesquinho.E que assim seja e perdure como a quinta-essência daquilo que me faz vivo.Torno eu meu unico dono.
Sem temer tudo quanto passa.
"You're living in a fantasy world
You're living in a fantasy world"



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