sábado, 22 de novembro de 2008

I've been walking

Ligo o radio antes de jogar o molho de chaves sobre a mesa mogno, como de costume.
O locutor, com sua rouquidão de fumante inconfundivel na voz, anuncia entre um merchandising Sonic Youth interpretando The Carpenters.
Cansaço.Ombros curvados.Olhos fundos nas orbitas.Caminho a passos pusilânimes até a estreita cozinha de azulejo imundo, besuntado.Abro uma garrafa de vinho seco, que tinha sido esquecida na geladeira sabe-se la quantos réveillons, em meio a legumes e frutas fétidas, murchas, degradando-se no seu mundinho invisivel de micro-organismos.Os pedaços de cadaver, o que restou de um bovino e duas cabeças de peixe, exalando seu cheiro putrido em decomposição.Leite azedo.Resto de refrigerante sem gás.Algumas latas de cerveja.
Duas baratas ensandecidas encontram-se sobre a pia, entre pratos e talheres acumulados, restos de comida numa marmitex, trocam informações rapidamente e partem febris em disparada.
Volto a sala sorvendo o vinho em longas goladas.A boca seca a medida que bebo.
Bitucas espalhadas pelo cômodo, me intriga como amiude transbordam dos enormes cinzeiros.Grandes cortinas plissadas, azul escuro, cobrem as janelas. Todo o chão do hermético apartamento é revestido de tapete.Ácaros fazem sua festa às escondidas.A luz do abajur é de um amarelado funesto, projeta sombras bruxuleantes nas paredes.O cheiro rançoso impregna o ar.Sufoca.Alguns quadros, réplicas de grandes artistas.Caravaggio, Picasso, Velásquez.Mobilia antiga, obsoleta.Herança dos avôs maternos, italianos vindos na decada de 30.
Constitue-se assim o cenário de uma vida lúgubre.
Tateava nas trevas em busca de uma beleza que no mundo não existe.Não essa costumeira alegoria de corpos esculpidos que vemos estampados em revistas da moda que observo assim blasé.Não.Algo que transcende. Acreditava eu em toda minha ignorância cega, não haver quem satisfaça esse meu desejo.Narcisista vê a flor do seu ego paulatinamente murchando, as pétalas se desfazem, viram pó.O que resta é esse boneco de pano sem viço que rasteja com seus andrajos de auto comiseração, sonhando a mágica fantasia de se tornar humano.A piada se constroe sobre o trágico.
Era natal, panfletos de esperança misturavam-se numa dança tétrica ao vento pela calçada suja.Anúncios de lojas de moveis, empréstimos de dinheiro, quiromantes, consórcios de veículos, perfumarias, grupos de ajuda no combate ao câncer.Auto-falantes anunciando liquidações, ofertas imperdiveis, promoções pague quanto e como puder.Há de tudo que se possa querer, uma miríade de esperanças sortidas nas aléias.Luzes de neon e cores rutilantes entre colunas de aço e concreto que se elevam.Morada dos que se esquecem facilmente das pessoas das quais amiude tentam andar sobre, e dessa mesma gente esquecida numa sarjeta de segregação como cadáveres putrefatos.Que festeja, que faz dessa mesma arma, o esquecimento, residência das horas tristes.Adornos e apetrechos se espalham pela cidade cinzenta num contraste que celebra uma data sem muita importância pra maioria das pessoas.Lar de ricos ordinarios e vagabundos na farra.Fala-se mais do Papai Noel do que de Cristo.Nos bares a algazarra, fornicação dos simios em bando, entornando garrafas de etilicos, cuspindo frases insossas de tão mastigadas.Universitarias debatem Nietzsche enquanto pintam as unhas.
Vermelho vivo.Vermelho sangue.Vampiros.Velhos comunistas ferrenhos e suas ideologias residindo nas cinzas.Balbuciam.
Prostitutas fingindo orgasmo entre paredes boloradas de um motel barato.Cheiro de sexo.Esperma nas coxas roliças da moça.Boêmios discutem futebol em rodas de butequim.Respiro, o mundo me atordoa.
Mentalizo, deja vu, transeunte absorta em seus pensamentos consumistas, elegante em sua maquiagem sóbria, cabelo preto escorrido na altura do ombro.Passa sob marquise de um prédio dito arquitetura moderna e adentra a porta.Rebola numa desenvoltura de caminhar altivo, a calça justa numa silhueta de nádegas proeminentes.Gucci, Dior, Channel, Valentino, Prada, Versace, são estes os nomes de seus anseios.Lábios carnudos sobressaem no batom vermelho gritante.O que eles querem que você queira.Pobre alma que não cabe a mim defini-la.A perfeição que atrai olhares avidos, concupiscentes, o ilusório satisfazer insaciáveis prazeres da carne.
A libido, a felação, o coito, o profano.Você se envergonha, porque deseja avidamente aquilo que proibiu a si mesmo.Escolhas.Celibatarios se regozijam masturbando, cedem às tentações na frenesi entorpecente de uma ambivalência.Redenção no autoflagelo.Pra mim são ambas formas de obter prazeres.Pedófilos vestindo batinas se escondem sob o altruismo das causas sociais.
Toca a cruz dourada numa corrente que adorna o pescoço e faz uma prece.Na porta da igreja, saída da missa, remoendo sua descrença.
Prefiro morrer na cocaína a viver o tédio de ser supérfluo.
O saber existir que em mim nunca houve.Existir de maneira que não seja do avesso.Sonho continuo que não me apetece.Me eleva residir numa felicidade simploria de nada sentir.Lacônica como o momento de um beijo em despedida.
Deveria eu perceber que entretanto, algumas despedidas nunca terminam.Doem pelo que sobrar da sua existência.Latejam nos escombros.
A alegria, por sua vez, nunca dura.
Papo de gente depressiva, disse o analista.Que sou eu bipolar.Que isso e aquilo e o que mais se possa tirar de seus livros de receitas.Assou-me uma delas em um forno de ideias pre moldadas.Me vendeu diversos rótulos.Fórmulas prontas.Meu nome não é mais Paulo, Daniel ou Jonas.Nenhum desses me pertence.Atendo agora com nome de doença, um transtorno.Me (des)orientam com livros de auto ajuda.Uma dieta de pílulas que me deitam em vicio.
Ele mesmo, o analista, diverte-se com outros do seu meio, ricos, bem sucedidos profissionais dos mais variados ramos...viboras...entupindo suas arterias de pó e vinho.Riem de mim.
Desde que comecei a escrever, sob prescrição medica, porque por mim mesmo me manteria quieto, deitado no divã como que num ventre a gerar utopias, inerte, notei o quanto as ideias são confusas.Escrever é quase como um grito.Meu paliativo.Endorfina.
Nas noites muito escuras, como se a sombra cega do dia não me bastasse, continuava minha procura.Era taciturno e desprovido de fé, por que haveria de ser diferente?
Minha luz ate então era uma realidade vista a distância num universo paralelo.Do outro lado do espelho eu via Alice."Cortem sua cabeça!" gritava a rainha.Lia inúmeros livros e me deliciava na expectativa de me tornar fictício.O que importa ao individuo continuar sua trajetoria, se tudo o que lhe sobra são sonhos vistos de uma janela longínqua ?
Perfídia a qual me lanço quando afirmo nada sentir.Afronta a mim mesmo, a pouca verdade que possa haver esbarra num insulto.Tanta coisa sinto eu.
Passeava pelos corredores obscuros de uma consciência entulhada de gente vazia, memorias fotográficas como fantasmas num subsolo, meus olhos embotados de uma tristeza implícita.Lembranças desfilavam como alegorias, minha visão desfoca, sinto a boca seca, taquicardia, as mãos tremulas.Síndrome do pânico.Pânico de ter síndrome.Síndrome da síndrome, pânico de ter pânico.Insuficiência respiratória.Medo.Inspire, expire.Relaxe.
Ouvindo a musica lenta, o piano numa lamuria de ranger de dentes, afastava todas ideias bêbadas que me assolavam.Inspire, expire.Relaxe.
A voz da minha mãe.Eu parecia mergulhado dois metros de profundidade numa piscina de agua turva.E crescia tal sensibilidade na proporção de me achar, de repente, no oceano, entre seres abissais com suas formas exuberantes e luminescência surrealista.Quiçá o inverso.Também soa muito bem.Formas luminescentes e exuberâncias surrealistas? Formas surrealistas e luminescentes exuberâncias ?
Que diria a voz? A da musica eu compreendia muito bem, limpa e altissonante.

I've been walking through the park
I've been walking in the dark
I've been walking in the rain
I've been walking with so much pain
I've been walking in the sun
And it's bought me so much fun
Lyin' on a beach
Darkness out of reach
The world is not so cold
But still it makes me fold

(Archive - "fold")

Me sirvo uma dose de wisky.Duas pedras de gelo.Energetico.Mais uma caprichada na dose.Cocaina.Acendo um charuto.Euforia.Subterfúgios.Diga-me algo novo.
E era isso, estar só nesse invólucro que a mente insiste abandonar.Se expandir num infinito desconhecido de verdades impossíveis.Devaneio.A realidade não possui os tons pasteis dos filmes românticos.É bruta.Dolorida.Espasmodica.Veridica.
A luta do ser humano é patetica.Genetica.Ludibria quem pouco pensa e quem muito pensa nada vive.Ou se alimenta do hipotético intangível.A vida é agora.Urgente.Desesperada.Frenética.
Charles Darwin vomita no inferno condenado pagão.Hitler, Che, Lênin, Nietzsche, Kurt Cobain, Morrison, dançam ao redor dele de mãos dadas entoando cânticos satânicos.É o que me fazem crer.Verdade comprada, seu troco é uma hóstia.Apenas sorrio e sigo adiante, cantando.Charlatanismo permeia entre as massas.Acendo um cigarro manufaturado por essas minhas mãos inseguras, de dedos finos, cadavéricos, observando a pele que a reveste.Me lanço na névoa densa e nociva a me perder dentro de mim.O tempo é uma incognita, esfarelando o presente ate restar a poeira do passado a cobrir as coisas.Encontro-me, como se num estalo repentino, num deserto escaldante a servir minhas visceras num banquete aos abutres.Indio sorri no caminho de volta, mão dadas com um demônio.Acordo de sobressalto, ofegante, sudorese.Cocaina a vazar dos poros.Uma lambida no antebraço.Estico outra carreira.Led Zeppelin.

"Queen of Light took her bow, And then she turned to go,
The Prince of Peace embraced the gloom, And walked the night alone.

Oh, dance in the dark of night, Sing to the morning light.
The dark Lord rides in force tonight, And time will tell us all.

Oh, throw down your plow and hoe, Rest not to lock your homes."

(Led Zeppelin - "the battle of evermore")

Tateava errante nas sombras, como sempre tinha feito nos dias que se arrastam, quando senti abruptamente mãos suaves e quentes a tocar as minhas.Eram trêmulas, no entanto, como num frenesi, um anseio desesperado por abrigo, sôfregas em seu desespero mudo, solitario.Como o naufrago na sobrevida cambaleante.Que ha anos alimenta uma expectativa cáustica de
salvar-se.Minguante no tempo.Crescente na dor e angustia.Sofimento indescritivel em palavras, tão bem traduzido num urrar insano que reverbera na noite cálida.
Lua cheia.Brilho sobre a areia da praia.Calor a fustigar os miolos.Tédio a estourar os tímpanos.
As ondas quebram numa respiração sem tregua.Sufoca-lhe as horas.
Suponho que era a mesma sensação, vibrante, radioativa, que exalava de mim.Avidos pelo sangue putrido de quem ja não tem mais vida, vive o simulacro de algo parecido, os noctivagos bebedores de sangue farejam a desgraça alheia.
Suicida no limiar do abismo, na iminência do ato irreversivel.Segue-se efeito perceptivo nos corações alheios.Nunca presumiu ser amado? Por fim se resume a isso? Amor? Uma necessidade dissimulada?
Toda a dor gerada por um anseio de cópula metamorfoseada em um nome romântico.Piegas.
Choro convulsivo a derramar-se.Saudade antecipada no velar.Desistência tardia, vista pelos olhos mesquinhos de quem se foi.Recebido pelo semblante intrigado de Schopenhauer nos portões do inferno.
Nada era visivel no submundo que habitava, imerso numa escuridão claustrofobica a caminhar em tropeços.Somente o tato me dava a impressão imprecisa do que me cercava.


-continua...

Criando um monstro

Recebo muitos emails de amigos com textos em nome do Arnaldo Jabor.Sinceramente,não sei se são todos escritos por ele mesmo.Muita gente gosta do que ele escreve e não sou diferente.Sendo do meu desconhecimento e ignorância a respeito da origem,publico como me foi mandado :


O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por... Nada?
Será que é índole?
Talvez, a mídia?
A influência da televisão?
A situação social da violência?
Traumas? Raiva contida?
Deficiência social ou mental?
Permissividade da sociedade?

O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?
O rapaz deu a resposta:
'ela não quis falar comigo'.
A garota disse não, não quero mais falar com você.
E o garoto, dizendo que a amava, não aceitou um não.
Seu desejo idiota era mais importante.
Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados.
Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único.

Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.
Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19.
Faltou uma outra mãe e pai dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento, talvez até a puxões de orelha como a moda antiga.
Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida.
Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá.
Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram.

É, simples assim: bastava um NÃO.
Pelo jeito, a única que disse não nessa história, foi punida com uma bala na cabeça.
O mundo está carente de Nãos.
Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças.
Mulheres ainda têm medo de dizer não aos seus maridos (e alguns maridos, temem dizer não às esposas).
Pessoas têm medo de dizer não aos amigos.
Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos.

E assim, são criados alguns monstros...
Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas.
Mas terão pequenos surtos quando escutarem um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco...
Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal.
E que é legal.
Os pais dizem: 'não posso traumatizar meu filho'.
E, não é raro ver alguns já tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos de idade.
Outros, gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e em festas de aniversário faraônicas para suas crias.

Sem falar nos adolescentes.
Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer:
Não, você não pode bater no seu amiguinho.
Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos.
Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua.
Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação.
Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos.
Não, essas pessoas não são companhias pra você.
Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate.
Não, aqui não é lugar para você ficar.
Não, você não vai faltar na escola sem estar doente.
Não, essa conversa não é pra você se meter.
Não, com isto você não vai brincar.
Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque. Não, etc...

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS, crescem sem saber que o mundo onde vivem não é só deles.
E aí, no primeiro não que a vida dá (e a vida dá muitos) surtam de vez.
Usam drogas.
Compram armas.
Transam sem camisinha.
Batem em professores.
Furam o pneu do carro do chefe.
Chutam mendigos e prostitutas na rua.
E daí por diante...

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário...
Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguirão entender perfeitamente uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um NÃO.
Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade.

E com certeza:
'quem ouve uns Nãos de vez em quando, também aprende a dizê-los quando é preciso'.
Acaba aprendendo que é importante dizer não com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem.
O 'NÃO' protege, ensina e prepara as pessoas.
Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho, quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo.
Nem sempre consigo, mas tento...
Acredito que é por aí que está a verdadeira prova de amor e da responsabilidade social.
E, é também por aí, que estará o começo para a solução da violência e da insegurança, cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

Penso nisso:
A vida deve ser bela e que não pode ter monstros...


Arnaldo Jabor

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

She Wants Revenge - tear you apart

letra:

Got a big plan, this mindset, maybe it's right
At the right place and right time, maybe tonight
In a whisper or handshake, sending a sign
Wanna make out and kiss hard, wait nevermind

Late night, in passing, mentioned it flipped her
Her best friend is noticing, maybe it slipped
But the slip turns to terror and a crush to like
When she walked in, he froze up, believe it's the fright

It's cute in a way, till you cannot speak
And you leave to have a cigarette, your knees get weak
Escape is just a nod and a casual wave
Obsessed about it heavy for the next two days

It's only just a crush, it'll go away
It's just like all the others, it'll go away
Or maybe this is danger and you just don't know
You pray it all away but it continues to grow

I want to hold you close
Skin pressed against me tight
Lie still, and close your eyes girl
So lovely, it feels so right

I want to hold you close
Soft breasts, beating heart
As I whisper in your ear
I want to fucking tear you apart

Then he walked up and told her, thinking maybe it'd pass
And they talked and looked away a lot, doing the dance
Her hand brushed up against his, she left it there
Told him how she felt and then they locked in a stare

They took a step back, thought about it, what should they do
'Cause there's always repercussions when you're dating in school
But their lips met, and reservations started to pass
Whether this was just an evening or a thing that would last

Either way he wanted her and this was bad
He wanted to do things to her, it was making him crazy
Now a little crush turned into a like
And now he wants to grab her by the hair and tell her

I want to hold you close
Skin pressed against me tight
Lie still, and close your eyes girl
So lovely, it feels so right

I want to hold you close
Soft breasts, beating heart
As I whisper in your ear
I want to fucking tear you apart

She Wants Revenge


1. Red Flags And Long Nights
2. These Things
3. I Don't Want To Fall In Love
4. Out Of Control
5. Monologue
6. Broken Promises For Broken Hearts
7. Sister
8. Disconnect
9. Us
10. Someone Must Get Hurt
11. Tear You Apart
12. She Loves Me, She Loves Me Not

Link: http://rapidshare.com/files/21075939/She.Wants.Revenge_-_She.Wants.Revenge-www.usinavirtual.com.rar

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Troféu Dercy


Troféu Dercy

Quais são os seres mais velhos do mundo?

Texto Tiago Cordeiro

Bactéria

O campeão dos campeões é a bactéria Bacillus permians, encontrada no Novo México em 1999: 250 milhões de anos. Ela estava encapsulada em um pedaço de rocha de sal e foi ressuscitada em laboratório. Quando essa bactéria nasceu, o planeta atravessava uma grande extinção em massa, que acabou com 70% das espécies terrestres e criou as condições para o surgimento dos dinossauros.

Planta terrestre

Em terra, o vegetal mais idoso é um arbusto da espécie Lomatia tasmanica, que fica na Tasmânia (Austrália). Trata-se de uma planta rara, que tem 3 pares de cromossomos, é estéril e só se reproduz por mudas. Em geral, cada indivíduo vive 300 anos, mas a maior colônia conhecida data de 43 000 anos atrás, quando nossa espécie estava chegando à Europa, onde se encontraria com os neandertais.

Planta aquática

Entre os vegetais, ninguém bate a gramínea Posidonia oceanica, encontrável no fundo dos mares de Ibiza, no Mediterrâneo. No ano passado, pesquisadores americanos e portugueses descobriram que uma colônia da planta, com 8 km de extensão, está viva há 100 000 anos, a época em que o Homo sapiens só existia nas savanas africanas. A poluição tem diminuído as colônias dessa espécie em 3% ao ano.

Animal

No reino animal, o recorde fica para um espécime do molusco Arctica islandica. O maior ancião da espécie, encontrado na Islândia em 1868, morreu com 374 anos – ele estava vivo em 1512, quando Michelangelo terminou de pintar o teto da Capela Sistina. O Arctica é seguido de perto por Adwaita, uma tartaruga de Galápagos que morreu aos 256 anos, e por uma baleia branca que viveu por 245 anos.

fonte: Revista Superinteressante


terça-feira, 18 de novembro de 2008

West Indian Girl

1. Trip
2. What Are You Afraid Of
3. Hollywood
4. Miles from Monterey
5. Dream
6. Northern Sky
7. Visions
8. Still Lost
9. Leave Tonight
10. Green
11. Lay Down
.

Peter Bjorn and John - young folks

letra:

If I told you things I did before
Told you how I used to be
Would you go along with someone like me
If you knew my story word for word
Had all of my history
Would you go along with someone like me

I did before and had my share
It didn't lead nowhere
I would go along with someone like you
It doesn't matter what you did
Who you were hanging with
We could stick around and see this night through

And we don't care about the young folks
Talkin' 'bout the young style
And we don't care about the old folks
Talkin' 'bout the old style too
And we don't care about their own faults
Talkin' 'bout our own style
All we care 'bout is talking
Talking only me and you

Usually when things has gone this far
People tend to disappear
No one will surprise me unless you do

I can tell there's something goin' on
Hours seems to disappear
Everyone is leaving I'm still with you

It doesn't matter what we do
Where we are going too
We can stick around and see this night through

And we don't care about the young folks
Talkin' 'bout the young style
And we don't care about the old folks
Talkin' 'bout the old style too
And we don't care about their own faults
Talkin' 'bout our own style
All we care 'bout is talking
Talking only me and you


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

CLAP YOUR HANDS SAY YEAH


1. Clap Your Hands!
2. Let the Cool Goddess Rust Away
3. Over and Over Again (Lost and Found)
4. Sunshine and Clouds (And Everything Proud)
5. Details of the War
6. The Skin of My Yellow Country Teeth
7. Is This Love?
8. Heavy Metal
9. Blue Turning Gray
10. In This Home of Ice
11. Gimmie Some Salt
12. Upon This Tidal Wave of Young Blood
.

Stereolab - "Switched On"


Switched On

1. "Super-Electric" – 5:22
2. "Doubt" – 3:26
3. "Au Grand Jour'" – 3:27
4. "The Way Will Be Opening" – 4:07
5. "Brittle" – 3:47
6. "Contact" – 8:17
7. "Au Grand Jour" – 3:40
8. "High Expectation" – 3:32
9. "The Light That Will Cease To Fail" – 3:23
10. "Changer" – 4:54


http://rapidshare.com/files/137390606/_1992__Switched_On.rar.html

Stereolab - Wow And Flutter

absurdos...

Pesquisas revelaram que os motoristas surdos dos EUA dirigem com muito mais cautela e segurança se comparados aos que ouvem normalmente.

Em 17 de setembro de 1908, nos EUA, o tenente Thomas Selfidge se tornou a primeira vítima fatal de um acidente com avião. A hélice quebrou e causou a queda da aeronave. O piloto era o lendário Orville Wright (1871-1948), grande pioneiro da aviação, que sofreu fraturas múltiplas.

Em abril de 2003, o conhecido artista circense Jayde Hanson, participou do programa televisivo This Morning, da rede ITV da Inglaterra, para demonstrar ao vivo sua habilidade como recordista mundial de velocidade em atirar facas. Uma das lâminas atingiu a assistente Yana Rodianova, de 22 anos, na cabeça e o público observou atônito o decorrente sangramento. Yana se recuperou. Em 2000 e 2001 duas assistentes pediram demissão por causa de "acidentes" similares.

Em outubro de 1960, 91 pessoas morreram quando um foguete R-16 explodiu no Centro Espacial de Baikonur, no Cazaquistão.

Almerson ("Willie") Hinton, de 45 anos, vinha sendo procurado pela policia do Estado de Oregon, nos EUA, pelo assassinato dos pais e pelo ferimento de policiais durante uma perseguição. A caçada terminou inesperadamente quando o criminoso invadiu a Cadeia Pública do Condado de Grant, em Canyon City, e se entregou sem resistência. Almerson dirigia uma caminhonete, perdeu o controle e acidentalmente subiu pela rampa da cadeia, atropelando a máquina automática de refrigerantes que ficava no saguão de entrada.
O impacto o deixou inconsciente. Ao acordar, estava cercado pelas autoridades e não teve escapatória.

Em 1961 a prefeitura de Centralia, na Pennsylvania, EUA, procurava um lugar para incinerar o lixo do município e, ignorando os princípios da física, decidiu usar uma velha mina de carvão abandonada. O fogo acabou atingindo um esquecido veio de carvão que começou a queimar no subsolo. Fumaça, cinzas e gases tóxicos logo invadiram a cidade, tornando-a quase que inabitável. De lá para cá, cerca de US$ 40 milhões foram gastos para deter o estrago, mas o fogo continua ativo.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

David Bowie - Thursdays child

Radiohead no Brasil...será que agora vai?


Desta vez tem que ser verdade.Após tanta lenga lenga e especulações os fãs brasileiros poderão finalmente curtir essa catarse sonora? Esperamos que entre os dias 30 e 31 de março o Radiohead de as caras por aqui.O baterista Phil Selway disse que "tocar no Brasil é a maior missão que a banda tem nessa excursão."
Até agora, no site oficial do grupo, apenas Chile tem data marcada.Dia 27 de março.Aguardamos ansiosos por maiores novidades.

* Ha ainda o boato de que o Sigur Rós poderia abrir os shows.Seria bom demais.Overdose dos sentidos!

domingo, 9 de novembro de 2008

Massive Attack - Angel

letra:


You are my angel
Come from way above
To bring me love

Her eyes
She's on the dark side
Neutralize
Every man in sight

Love you, love you, love you ...

You are my angel
Come from way above

Love you, love you, love you ...

She's on the dark side

A meia-noite um crocitar premonitório se faz ouvir.Próxima a janela, sobressalta-se uma bela senhora desatinada, seus lábios atraentes sempre carregados de palavras sórdidas.Unhas e cabelo pintados de preto.Excede as sombras escuras que lhe dão uma falsa profundidade no olhar.
Repousa em sua cadeira, solitária, mergulhada no obscurantismo de suas ideias pessimistas.
O desejo compulsório transmutado, uma ansiedade fatigante lhe consome.Nessa noite cálida, ouve-se o eco de suas lamentações na paisagem amaldiçoada de sua alma.
Surrealidade emprestada de uma luminescência de velas nesse ambiente taciturno.
O pássaro agourento assentado sobre o galho de uma escumilha observa em seu escrutínio como a entender-lhe as dores.
Desdém fulgura nos olhos castanhos da mulher, tão vazios, tão amargos, fitam a ave num pós susto sem nenhum interesse.
Mãos pusilânimes e frias acendem um cigarro na esperança de uma saciedade que se ausenta.Vive-se de renúncias, de medo, sempre a dissuadir a si mesma.Uma existência resumida em duas linhas.
Duvidas que lhe desesperam em seu segredo mudo.A todos, supõe-se o milagre de uma felicidade que nunca se encontra.

"You are my angel
Come from way above
To bring me love"

A noite desmancha-se na Cidade Luz.
Existe um choro sem lágrimas a convulsionar por dentro.Silencioso exílio no qual simula possiveis vidas que nunca terá.Tudo é sonho, utopia derradeira de um desespero oculto.
O crocitar do corvo.Silvar repentino de um vento gélido.
Levanta-se e caminha ate a janela oposta.Contempla um flanboyant vermelho do outro lado da rua pensando nas pessoas em seus compromissos de viver.Deitadas num sono vacilante, tudo imovel,
funesto e sereno.
Uma vã esperança, nunca dita, mas pensada.Saudosismo de uma infância obliterada.

"Her eyes
She's on the dark side
Neutralize
Every man in sight

Love you, love you, love you ..."

Suspiro entrecortado numa agonia de realidade imediata.Perde-se na névoa de memorias que lhe parecem roubadas de um diario alheio.O abstrato de todas sensações antagônicas que se sucedem.
Taquicardia.Falta de ar.
Embota-lhe a mente.Perde-se o foco.
No limiar do abismo.O crocitar do corvo.
A luz se apaga.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ash - 1977


1. Lose Control
2. Goldfinger
3. Girl From Mars
4. I'd Give You Anything
5. Gone The Dream
6. Kung Fu
7. Oh Yeah
8. Let It Flow
9. Innocent Smile
10. Angel Interceptor
11. Lost In You
12. Darkside Lightside
.

salvando o planeta....


21,3% - Geração de energia

É o principal poluente porque, segundo o IPCC, 40% da energia elétrica do mundo é gerada a partir da queima de carvão. A China, por exemplo, consome pouco mais de 1 bilhão de toneladas de carvão por ano, ou seja: 37% do consumo mundial.

16,8% - Processos industriais

Segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a indústria desperdiça 24% de toda a energia gerada só no estado de São Paulo. Isso se deve aos motores antigos e máquinas construídas quando não havia a preocupação com eficiência energética.

14% - Transporte

O desafio agora é fazer veículos que andem mais com menos combustível. A União Européia estabeleceu que todos os carros comprados no continente têm de fazer no mínimo 18 km/l a partir de 2012. O governo dos EUA já oferece dinheiro a quem comprar carros híbridos (que funcionam a gasolina e eletricidade e consomem menos).

12,5% - Agricultura

A ONU estima que 30% da terra habitável no mundo é usada para a pecuária. O grande problema é que os bovinos soltam de 300 a 500 litros de metano por dia. Cientistas do Reino Unido estudam novas substâncias para a alimentação das ovelhas que podem diminuir em até 70% suas emissões de metano.

11,3% - Exploração e distribuição de combustíveis fósseis

A gradual substituição da gasolina como principal combustível deve diminuir o impacto da exploração do petróleo. Mas não se deve esperar nenhuma mudança significativa antes de 2030.

10,3% - Uso comercial e residencial

Sensores de prédios que ligam a luz apenas quando alguém está presente ou aparelhos que desligam os eletrodomésticos em stand by estão cada vez mais populares e reduzem o desperdício. O chuveiro elétrico, que representa até 35% da conta de luz de uma casa, está sendo remodelado: um protótipo desenvolvido no Brasil reaproveita o calor da água, reduzindo em até 40% o consumo.

10% - Uso da terra e desflorestamento

O aumento da fiscalização e do patrulhamento da floresta Amazônica já diminuíram o desmatamento nos últimos anos. Outra solução para controlar as emissões é plantar árvores. Pelos cálculos de Bjørn Lonborg, a temperatura média de uma cidade pode cair quase 2 °C se forem plantadas 11 milhões de árvores.

3,4% - Lixo e tratamento

Enquanto os custos de reciclagem são altos, países como a Suécia e a Inglaterra adotam cada vez mais a queima do lixo. O entulho orgânico gera gás metano, que é encanado para a geração de energia. Em vários países da Europa, uma máquina que recolhe latinhas de refrigerante (e paga para quem deposita) é bastante popular.

*Outros efeitos com valores menores de 1%, que somam as emissões de metano, gás carbônico e óxido nitroso. Fonte: Instituto Max Planck (Alemanha).

Reutilize

Compre e venda coisas usadas, ou pergunte se alguém está interessado em algo seu antes de jogar fora. Há um site chamado www.freecycle.org (ainda pequeno no Brasil, mas forte na Europa), em que as pessoas anunciam o que pretendem jogar fora – de uma mesa de pebolim a azulejos de banheiro. Fazer produtos circular por mais tempo economiza seu dinheiro e freia a indústria de produtos cada vez mais descartáveis.

Limpe a caixa

Ligue para os anunciantes pedindo que parem de mandar lixo para o seu correio, como catálogos que você não vai nem olhar. Nos EUA há uma firma especializada em ligar para esses anunciantes. Eles estimam que cada pessoa receba cerca de 60 kg de lixo postal por ano. Muitas árvores são economizadas e sua caixa de correio não fica mais abarrotada.

Mude a dieta

Fique pelo menos um dia na semana sem comer carne vermelha. Além de ser bom para as artérias, a pecuária extensiva responde por 18% das emissões de gases do efeito estufa. O cocô e o arroto das vaquinhas, ricos em metano, são piores que os canos de descarga dos jipões dos americanos. Além disso, para processar 1 kg de carne vermelha são necessários 200 litros de água.

Abuse da internet

Mostre para seus chefes as maravilhas da internet e do telefone. Se você trabalha numa grande empresa, tente trocar uma longa viagem por video conferências ou e-mails. A Sun Microsystems, dos EUA, foi além: deu a 56% de seus funcionários a opção de trabalhar em casa. Pelas próprias contas, no ano passado economizou US$ 67 milhões em espaço de escritório, evitou a emissão de 29 mil toneladas de CO2 e aumentou a produtividade em 34%. Mostre os números ao setor de RH.

Melhore o figurino

Vista roupas leves. Já viu como gente no trabalho liga o ar-condicionado no máximo mesmo em um dia agradável justamente por estar com gravatas, tailleurs ou casacos? No Japão, o primeiro-ministro lançou a campanha Cool Biz para desestimular o uso de gravatas no verão – ele próprio deu exemplo e explicou que os ternos causam calor desnecessário nas pessoas. Vá de calça jeans e camiseta e diga que está sendo ecologicamente correto.

fonte: Revista Superinteressante