domingo, 31 de agosto de 2008

The Verve - Love Is Noise

Musica do novo album do The Verve...depois de quase uma decada,eles estão de volta com o tenso e melodico FORTH...

Fernando Pessoa

Passagem das horas


Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.

A entrada de Singapura, manhã subindo, cor verde,
O coral das Maldivas em passagem cálida,
Macau à uma hora da noite... Acordo de repente
Yat-iô--ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô ... Ghi-...
E aquilo soa-me do fundo de uma outra realidade
A estatura norte-africana quase de Zanzibar ao sol
Dar-es-Salaam (a saída é difícil)...
Majunga, Nossi-Bé, verduras de Madagascar...
Tempestades em torno ao Guardaful...
E o Cabo da Boa Esperança nítido ao sol da madrugada...
E a Cidade do Cabo com a Montanha da Mesa ao fundo...

Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir
E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.

A certos momentos do dia recordo tudo isto e apavoro-me,
Penso em que é que me ficará desta vida aos bocados, deste auge,
Desta estrada às curvas, deste automóvel à beira da estrada, deste aviso,
Desta turbulência tranqüila de sensações desencontradas,
Desta transfusão, desta insubsistência, desta convergência iriada,
Deste desassossego no fundo de todos os cálices,
Desta angústia no fundo de todos os prazeres,
Desta saciedade antecipada na asa de todas as chávenas,
Deste jogo de cartas fastiento entre o Cabo da Boa Esperança e as Canárias.

Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.

Seja o que for, era melhor não ter nascido,
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida...




5 musicas de um domingo a noite...

1- Low - sunflower
2- R.E.M - the outsiders
3- Archive - taste of blood
4- Thom York - analyse
5- Aimee Mann - save me

photos















segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Yael Naim

OK Go - Here It Goes Again

Ramones - rocket to Russia


1. Cretin Hop
2. Rockaway Beach
3. Here Today, Gone Tomorrow
4. Locket Love
5. I Don't Care
6. Sheena Is A Punk Rocker
7. We're A Happy Family
8. Teenage Lobotomy
9. Do You Wanna Dance?
10. I Wanna Be Well
11. I Can't Give You Anything
12. Ramona
13. Surfin' Bird
14. Why Is It Always This Way?

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domingo, 24 de agosto de 2008

Nike: Lace Your Feet Up

Last night I dreamt that somebody loved me






Last night I dreamt
That somebody loved me
No hope, no harm
Just another false alarm

Last night I felt
Warm arms around me
No hope, no harm
Just another false alarm

So, tell me how long
Before the last one?
And tell me how long
Before the right one?

The story is old - I know
But it goes on
The story is old - I know
But it goes on

by: The Smiths


Descubro quão vertiginosa pode ser a queda me lançando nela.É insana e mórbida essa persistência pelo querer ser nada mais do que uma simples mentira.Nesse fragil invólucro sustentado por ossos tento não caminhar afoita.Titubeio.Minha tentativa se faz hilaria,beira o ridículo.Tento dissimular acreditando que amanhã me farei outra.Pensamentos desordenados se embaralham como peças de um quebra cabeça cheirando a mofo.Com meus pés brancos de cadáver,dedos compridos e unhas largas,vou pintando o tortuoso caminho de uma equilibrista bebada.Pés frágeis que suportam esse corpo fatigado.
As ruas enfeitadas com suas cores rutilantes de natal, luzes e artefatos que emprestam significado a uma felicidade adulterada.Humanidade clama carente de símbolos.Sinto a necessidade de convulsionar um choro atado a nó por dentro.O vento gélido é como lâmina dilacerando a carne.Meus olhos queimam,minha boca é seca e amarga como de quem degusta uma promessa.Trago pausada e profundamente o cigarro, enquanto uma solitária senhora do outro lado da rua observa vitrines num sonhar mudo e sem gestos.O desejo infinito em sempre ter algo que se possa querer.Um homem de olhar ofidico-prepotente passa por ela a comentar com ficticia surpresa a expessa camada de neve que cobre carros.Alguma coisa se perdeu no entrementes de um horizonte em desalento.
Introspectiva sigo por entre essa gente pressurosa com o deslumbre de um espírito que nada mais é que o avesso dele em si mesmo.A ecoar perpetuamente em mentes imêmores.Peça teatral que se segue a risca.Não ha improvisos no declamar triste que se estende no palco.Deixo ser meu ritmo caótico uma torrente de sentimentos imensuraveis.Não me explico.A fluir meu ódio me sinto viva,o inverso da minha paixão pelo tudo que se sustenta basicamente no nada.
Nausea.Pilulas.Taquicardia.Cigarros.Café.Insônia.
Existe saudade nos olhos de todos.Cansaço nos rostos alheios.
Pesa sobre mim as lembranças.Tudo a realizar-se independente da minha vontade.Que cheia de magoa se aproxima em sevicias.O passado acende seus farois distantes num oceano de ausencia.Minha reflexão abstrada banhando-se em lagrimas.Perco o foco.
Minuto a minuto uma duvida aflora nessa paisagem tremula de fantasmas a usar mascaras.E eu aqui,a amar esse antagonismo das minhas sensações.O frio continuara no passar das horas.Me apavoro com o misterio de tornar-me humana.
O comboio de corpos febris,imersos em suas banalidades vagueia pela noite cheia de fugazes amores e extase.De beijos obscenos.A imensidão na qual me perco é uma fome por tudo o que me fere com unhas.
Nunca mais se ouvirá o cair das folhas secas.
Assisto o acontecer explosivo que rebenta ao redor e me sufoca.Deparo-me com a ideia que sempre morou em mim e apressamo-nos de mãos dadas.O resto é a mesma coisa,por dentro e por fora.Uma tosse seca e um estremecimento.Os carros velozes,os bebados de esquina.
Doi-me dentro de mim e embora soubesse pra onde correr,ha sempre muros a cercear me.Dobro os joelhos nessa calçada fria,coberta de neve,com suas lojas a vender inquietações e anseios.
Olhos turvos.
Sinto um abraço.
Caem as folhas secas.

Playful Spaces

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

eutanasia...


Cai subitamente de um galho enquanto sonhava uma esperança tácita em mim.Pouco a pouco emerge a lembrança de uma suposta tristeza,a mesma que supunha ser o resultado de existir por assim dizer,como pedras sobrepostas.Sinto o pânico no ruído de um relógio.Fecho os olhos lânguidos a sentir uma náusea que é quase um cansaço antecipado de tudo.
Febril.A moça que segura o guarda-chuva a espera do funeral.Persianas entreabertas de uma casa de veraneio ao fundo.Não ouço ali a soma de todas as ilusões em desalento.Nem a alegria de haver quem não se cansa.Apenas esse tiritar incessante do tempo a ser cronometrado.Um mecanismo sórdido criado por mãos sôfregas.Lamento por motivo nenhum.Lamento por essa mesma ausência de motivo.E sou assim motivada a lamentar.Com meus sonhos encadernados lacrados em minha mochila.Tudo quanto se diz em mim mesma nada traduz.Sou um universo em desencanto.
Soturna,voluvel,alheia,dissimulada.Vivo o sossego absoluto deste pequeno simulacro de sensações sutis.
A marcha fúnebre se aproxima.Fico tensa.Que poderia eu querer de mim mesma ou do mundo?Parece sempre tão excessivamente calmo aqui que chego a sentir falta de um desconforto.Fico tensa. recordações de uma garoa fria,uma garotinha de cabelos loiros corria por entre poças numa rua onde o destino era uma ideia confortável .Aleias de frondosas árvores a margear o caminho.Existia um sorriso que não reconheço como humanamente possível.Ora mas o que poderia dizer daquilo que não conheço senão que minha inquietação é um anseio sem importância nenhuma?
Todas essas pessoas vestidas com seus casacos pretos caminhando introspectivas.Lentamente a respirar em estertores,pisam em folhas secas e evitam as poças d'agua.Começo a rir num frenesi que é como o fantasma de todas as situações absurdas que sempre se sucedem.
Sou eu o espectro notivago a vagar pelo bosque,vestida com meu manto reluzente de ostracismo.Passa o funeral,com toda a corja morbida de seres pusilânimes,olhares chorosos e enternecidos.Solicitude dos falsos amigos.A mesma sensação repetida das diversas repetições amiúde.Tem perfume de flores.Eflúvio de um anuncio antecipado de morte.
O libertar tardio de asas numa penumbra insipida,odor mefitico dos corpos ao redor.Sou eu,a moça a segurar o guarda-chuva num eterno ver passar.Presa em mim mesmo feneço nessa letargia hemorragica.Fiz lucida escolha.

"Jigsaw falling into place
There is nothing to explain
Regard each other as you pass
She looks back, you look back
Not just once, not just twice

Wish away the nightmare
Wish away the nightmare
You've got a light, you can feel it on your back
A light, you can feel it on your back
Jigsaws falling into place"

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

cyanides







Stone Temple Pilots - Big Bang Baby

I got a picture of a photograph
Of a wedding and a shell
It's just a burning aching memory
I never kiss and tell

So turn it up and burn it
There's a hole in your head
There's a hole in your head
Where the bird's can't sing along

Does anybody know how the story really goes
Or do we all just hum along
Sell your soul and sign an autograph
Big bang baby, it's a crash, crash, crash

I wanna die, but I gotta laugh
Orange crush mama is a laugh, laugh, laugh

Spin me up, spin me, spin me out
Station to station send me up and out
Is that what life and love is all about
I think I think so

We used to see in color
Now it's only black and white
It's only black and white
Because the world is color blind

Nothing's for free, nothing's for free
Take it away boys
Nothing's for free, nothing's for free
Take it away boys

terça-feira, 19 de agosto de 2008




Define-se auto-ajuda como um processo de conhecimento interior, que torna o sujeito capaz de conseguir mudanças de comportamentos indesejáveis e atingir objetivos pessoais em curto prazo, utilizando-se basicamente de uma programação mental (pensamento positivo), aplicando técnicas e práticas de exercícios específicos.
Como todo produto social, a literatura de auto-ajuda deve ser entendida dentro do seu contexto histórico-político-cultural.
Numa sociedade como a nossa, a tecnologia e a massificação igualam todos os seres humanos ao mesmo tempo em que tira deles a possibilidade de desenvolver um caminho próprio, e os torna individualistas. Este é um caminho proposto pela auto-ajuda. Sozinho se é capaz de implementar mudanças significativas que podem melhorar a qualidade de vida de cada um, não visando uma melhora coletiva muito menos subjetiva, mas sim ao nível de indivíduo. O importante é manter o indivíduo, para garantir a alienação do sujeito.
Através deste processo de se ensinar como as pessoas devem reagir sob a influência de diferentes estímulos, há a possibilidade de manipulação de si mesmo. Utilizando-se da imitação, pois se deu certo com outros, também dará certo comigo, só é necessário achar aquele problema semelhante ao meu (a identificação demanda muito menos esforço do que a busca constante da identidade e da integridade).
Enquanto esse tipo de psicologia é viável economicamente para uma ideologia produtora de ilusão, é prejudicial aos seres humanos na medida em que aumenta sua alienação (individual, social, histórica, econômica e cultural).
Para a literatura de auto-ajuda, o EU possui poderes irrestritos sobre a mente e é capaz de transformar os padrões de pensamento do indivíduo, capacitando-o a conseguir os objetivos propostos (o retorno do paradigma cartesiano - domínio da razão). Assim a literatura de auto-ajuda contraria os pressupostos aceitos pela psicanálise. O que parece é que esta literatura está baseada em dogmas com uma lógica própria, tendo como contexto, ainda, o universo de crenças culturais.
Aproveitando-se da crise do homem moderno, que tanto investiu na ciência, na tentativa de ver solucionados todos os problemas (sócio - político - econômico e existenciais), e não tendo obtido êxito na solução desses problemas, as teorias de auto-ajuda pretendem dar conta de problemas reservados às outras ciências, valendo-se de recursos explicativos que, ao contrário das teorias científicas, contêm elementos místicos, religiosos ou supersticiosos, que não se constituem como uma experiência nova no campo da intervenção psicológica, mas ao contrário, veiculam um tipo de conhecimento fundamentado na visão liberal de homem, que possui como valor central o individualismo.
O que se encontra subjacente nessas teorias é a ideologia liberal. Dentro dessa ideologia, a liberdade humana é reconhecida apenas para se lhe atribuir a causa da perdição humana. Curiosamente a salvação implica justamente em abrir mão de forma absoluta dessa liberdade, transferindo-a a autoridade religiosa com toda a boa-vontade e determinação (Santo Inácio antecipa, de forma espantosa, alguns dos mais importantes pensadores do século XVII: Descartes e Hobbes; mais perto de nós, antecipa também as psicologias de auto-ajuda e ainda alguns cultos religiosos e procedimentos de Marketing).
Desta forma evidencia-se que a literatura de auto-ajuda no ocidente é um fenômeno existente há aproximadamente 400 anos e que parece aproveitar-se das brechas que permanecem nos momentos de crise mais decisivos da história sócio-política - econômica e cultural do homem. Nesse sentido, poder-se-ia adquirir a noção ilusória de ser um fenômeno extremamente contemporâneo, pois vivemos num período de crise, de globalização, de questionamento das nossas referências, dos nossos paradigmas. Compreende-se esse fenômeno hoje, como sendo reflexo dessa sociedade cibernética, consumista e conflituosa, onde o ser humano é valorizado por seus resultados, por tudo aquilo que produz (ou pelo que deveria produzir), contribuindo assim para a massificação, racionalização e mecanização do cotidiano. A literatura de auto-ajuda, com um discurso veiculado para a criatividade e a liberdade total, na verdade exclui formas de expressar a criatividade e a vontade pessoal; seu pressuposto básico de que todos somos iguais, temos as mesmas chances, as mesmas capacidades, as mesmas necessidades; de que estamos em condições de igualdade em todas as dimensões, basta querermos admitir nossa impotência frente a um Poder maior e seguirmos as regras daqueles que já trilharam o caminho que desejamos para alcançarmos a felicidade. É a própria negação da subjetividade do indivíduo. Isto impossibilita o indivíduo de conseguir imprimir sua marca pessoal em suas relações tanto pessoais como profissionais. É uma forma de manter a ilusão de liberdade e de singularidade de cada um, em vez de compreender e explicar o que há de ilusório nessas idéias, pois ocorre a submissão a um conjunto de regras de gerenciamento da própria vida. É a alienação da consciência do homem enquanto autor de seu próprio destino.


Miriam Moreira de Mello

Psicóloga, com Curso de Especialização em
Psiquiatria e Psicologia Clínica da Infância,
pela FCM – UNICAMP, Mestrado em
Psicologia Clínica pela PUCC e Doutorado
em Educação Física, na área de Educação
Motora, pela UNICAMP.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

da serie : Filmes que nunca esquecemos

...na versão brasileira:

- Gilbert Grape,aprendiz de sonhador.

Fernando Pessoa



Eu, eu mesmo...
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar. —
Eu...
Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um passado? Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
Ainda que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu...

Hushpuppies - Broken Matador (live Angers)

nois na tira





Madonna no Brasil


A cantora se apresenta no dia 14 de dezembro, no Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã, e no dia 18, em São Paulo, no estádio do Morumbi.

Os ingressos estarão à venda a partir do dia 1º de setembro (show no Rio) e 3 de setembro (em SP). As entradas custarão entre R$ 160 e R$ 600.

Os ingressos estarão à venda no site www.ticketsforfun.com.br, bilheterias oficiais, call center e pontos de venda. Só será permitida a compra de seis ingressos por CPF, para cada apresentação. A venda de meia-entrada também estará disponível no site.

domingo, 17 de agosto de 2008

Inclusão Social

1968 Jimi Hendrix - Foxy Lady

Foxy, Foxy
You know you are a cute little heart breaker
Foxy, yeah,
And you know you are a sweet little lover maker
Foxy

I wanna take you home,haha, yeah
I won't do you no harm
You've got to be all mine, all mine
ooh Foxy Lady
Foxy, Foxy

Now-a I see you come down on the scene
oh Foxy
You make me wanna get up and-a scream
Foxy, oh baby listen now
I've made up my mind,
I'm tired of wasting all my precious time
You've got to be all mine, all mine

Ooh, Foxy Lady
Ooh, Foxy Lady, yeah yeah
You look so good, Foxy
oh yeah Foxy
yeah, give us some, Foxy
Foxy Lady
Foxy Lady
Foxy Lady



You took me to the restaurant where we first met
You knocked a future shock crowbar upside my head
I got caught with the stop of the tick-tock, tick-tock clock
When you told me what you knew

Lost in the moment
The day that the music stopped
And I do remember you

Drawing patterns with a cork on the tablecloth
Promising volcanic change of plot
Where will this lead us - I'm scared of the storm
The outsiders are gathering, a new day is born

(R.E.M - the outsiders)

A vida queima lentamente, sem filtros, sem atenuantes.É bruta,cancerigena.Regada a whisky,adrenalina e todos os monoxidos.Sudorese dos amantes de uma vicissitude ébria,exclusivo odor rançoso que ainda resta.Olho para um quarto que não conheço,deitado numa cama fria como a sentir a morte num cadafalso.Medo dessas coisas luridas que tenho atraido.Todas situações morbidas e inquietantes a qual me lanço, foram só porque escolhi um caminho traçado a esmo na escuridão de um cego titubeante? Ando por entre ruinas de uma quase vida.Escombros de uma quase verdade calida.Uma busca continua em me sentir ninguem.É quase uma liberdade para viver da sua propria forma.Uma catarse forjada, a minha.Mentiras vestidas em indumentaria de seda.Porque perfidia desse meu subjetivismo emprestado me diz : a redenção da liberdade vem atraves de uma vida baseada na razão.Sentimentos destroem.Ah,o que seria de mim sem essas verdades contestaveis que se compram numa banca de jornal, numa esquina boçal de uma avenida paulista qualquer.
Homem livido me vendeu,demasiados trejeitos femininos,uma maneira calma e ofegante de pronunciar palavras roucas.Como se estivesse a ler pausadamente um quadro negro.Parecia surpreso, a refletir naquilo que dizia buscava saber se eram verdadeiros pensamentos seus ou tão somente os memes a boiar no subconsciente, sempre a propagar-se pelas mentes afora.Quiçá fosse apenas esse continuo vitral esfumaçado de erva a ofuscar meus olhos.Dissimula minha realidade sinestesica com suas cores surrealistas.
Sou o intruso nessa vida vazia de duas pessoas que não conheço.Minto.A vida vazia não pertence a eles, mas a mim.A culpa mutua estampada em seus olhares cinicos, dedos acusadores apontados um para o outro,as eternas palavras cuspidas como farpas.Injurias.Continuo a ser intruso pelo tempo necessario."Ate que a morte nos separe".Indubitavelmente,prefiro ser o primeiro.
Recinto cheira a sexo.Não pago,mas a sensação que me sobra se equivale.Não seguro,porem pior pesadelo nem seria venereo.Uma criatura de sentimentos confusos jaz ao meu lado.Pobre titere a rastejar pelos becos.Cabelos castanhos,encaracolados e descuidados.Não ha espaços para zelos.A pele ressecada,cor de ceramica de suas costas cadavericas,as omoplatas que sobressaem.Vislumbro suas costelas proeminentes e me lembro de que ha lugares que não posso frequentar.Lembrança a soar mais como aviso.Em verdade,eu não deveria deixar me levar tanto por essa inquietação a girar em torvelinho.Foda-se essa merda, suponho que seria sensato dizer.Provo o gosto dessa pronuncia e tudo continua exatamente o mesmo.Minha sensatez é insossa.Gostaria sinceramente de elucidar minha propria charada.Essa que vivo a engendrar todos os dias.
Que solução resta?
Frequentemente acossado pelas duvidas que me atormentam.Seria tão mais simples se não mantivesse a mente opaca..."mantenha sempre as portas abertas, guri".
Falto novamente uma manha de sabado no trabalho.Quantas ja foram pelos mesmos futeis motivos.Companhia frivola,efemera de um alguem qualquer que nada acrescenta.Mais uma alma em conflito consigo mesma.Observo a essencia sorrateira que se esconde como reais motivos.Sou como um imã a atrair o que ha de pior.
Preciso voltar a dormir.A calma do sonho que afaga.
O que sera de mim apos essa manha ainda é duvida.Sobreviva ao seu destino pra que possa entende-lo.Folha em branco e uma caneta.Tudo o que preciso pra redigir essa historia.Dar a ela um novo sentido paranoico.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Bleach

Um dos melhores animes...

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