quinta-feira, 24 de junho de 2010

Download de filmes: Ed Wood (legendado)


Sinopse: Um retrato da vida de Ed Wood (Johnny Depp) é concentrado nos anos 50, quando se envolveu com um bando de atores desajustados, incluindo um Bela Lugosi (Martin Landau) em fim de carreira, e fez filmes de péssima qualidade, que o fizeram passar para a história como o pior diretor de todos os tempos.


http://rapidshare.com/files/41832365/Ed_wood_dvdrip_legendado.part1.rar

http://rapidshare.com/files/41836550/Ed_wood_dvdrip_legendado.part2.rar

http://rapidshare.com/files/41919250/Ed_wood_dvdrip_legendado.part3.rar

http://rapidshare.com/files/41954859/Ed_wood_dvdrip_legendado.part4.rar

http://rapidshare.com/files/41958876/Ed_wood_dvdrip_legendado.part5.rar

CINEASTA: TIM BURTON
GÊNERO: COMÉDIA
ORIGEM: USA
DIÁLOGO: INGLÊS
LEGENDA: PORTUGUÊS
DURAÇÃO: 127MIN
COR: PRETO & BRANCO
FORMATO: RMVB

I am the son and heir of nothing in particular



Estou perdido.Na natureza confusa e perturbada de mim mesmo.Pálido.Falido.
Paisagem de contorno aspero.
Passo por uma vitrine repleta de anseios tolos que despertam devaneios mórbidos.
Ignoro.A memoria súbita se arrefece.
A barba meses sem o corte frio da navalha.
Dia manso de uma primavera cor de laranja.
As pessoas me olham mas não me veem.Andrajo imparcial e ridículo.
Cai de um degrau numa queda infame embrulhado em gargalhadas.
Rastejo.
Não sei desejar então estremeço.
Sigo a rua em sua descida íngreme como um bêbado trôpego.
Beleza repugnante e inexata que me rodeia.
Me engolfa.
A desolação uterina afaga o ventre.Sinto fome.
Odio na saliva podre de uma boca sem dentes.
Que animal é esse que espreita por meus olhos?
Se esvai a tarde em sua cor lusco fusco.
Pouco a pouco luzes vão tremeluzindo por entre as casas.
Sento me numa esquina despido de tudo que aprendi.
"Eu sou o filho
Eu sou o herdeiro
De uma timidez que é criminalmente vulgar
Sou o filho e o herdeiro
De nada em particular"



I am the son
And the heir
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Of nothing in particular
You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am Human and I need to be loved
Just like everybody else does
I am the son
And the heir
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Oh, of nothing in particular
You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am Human and I need to be loved
Just like everybody else does
There's a club, if you'd like to go
You could meet somebody who really loves you
So you go, and you stand on your own
And you leave on your own
And you go home, and you cry
And you want to die
When you say it's gonna happen "now"
Well, when exactly do you mean ?
See I've already waited too long
And all my hope is gone
You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am Human and I need to be loved
Just like everybody else does

terça-feira, 22 de junho de 2010

caem cinzas de um céu pardacento...


começar.
depois parar e ficar ate que a dor se cale.
indiferença definitiva de ter falhado em tudo que fui.
superfície da epiderme.
infecundo sorriso de febre e amargura.
murmúrio surdo da lágrima.
essa ideia de beleza que me perturba o sono.
tédio e alheamento interminável.
nauseabundo.
a ter pavor do eco a inundar me o peito.
entrementes.
entrelinhas.
vida tardia no corpo desnudo.
começar.
verdadeiramente triste é o contentamento.
eterna ausência de calma.
sinto a solidão aglutinar se ao âmago.
caem cinzas de um céu pardacento.



Quando me olho...


Quando olho pra mim não me vejo.
É qualquer outra coisa amorfa.
Uma interpretação simulada que se contradiz.
A boca seca num anseio lacônico.
Tão perfeito me é longe de mim.
Passos tremulos num pavimento de ideias etereas.
Meus musculos doem cansados do ocio que lhes imponho.
Quando olho pra mim.
Um futuro enrrugado e repleto de uma fé errônea.
Angustia vívida demoradamente sentida.
Quando olho pra mim tranco me.
Uma frase cristalina de quem ignora o proprio destino.
O silencio apavorante como uma comichão por dentro.
Esforço de ensinar ao olhos não perder se na escuridão e
na ausência de si mesmo.
Alma de quem vive a sorte incerta.
Demorar se numa prece que ja não me faz sentido.
Quando me olho hesito.
Quando me vejo,duvido.


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Download filme nacional: Feliz Natal



Sinopse: Caio (Leonardo Medeiros) tem 40 anos e trabalha em um ferro-velho no interior. Hoje ele possui uma companheira e uma ocupação constante, mas no passado levou uma vida de grande irresponsabilidade, da qual saiu vivo por sorte. A proximidade do Natal faz com que ele faça um balanço de sua vida, decidindo retornar à capital. Ao chegar ele encontra seu irmão Theo (Paulo Guarnieri), cujo casamento está em crise. Miguel (Lúcio Mauro), seu pai, vive com uma mulher de caráter duvidoso e Mércia (Darlene Glória), sua mãe, vive à base de coquetéis alcóolicos e psicotrópicos. Sua cunhada Fabiana (Graziella Moretto) está perdida entre as frustrações do casamento, enquanto que os sobrinhos Neto e Alex estão cada vez mais exigentes. A presença de Caio faz com que a vida de todos seja alterada, enquanto que ele próprio está em busca de sua identidade.

http://www.megaupload.com/?d=HBZ78U2Z

Download filmes: O Ultimo Tango em Paris (legendado)



Sinopse: Enquanto procura um apartamento em Paris, uma bela jovem (Maria Schneider) conhece um americano (Marlon Brando), cuja esposa recentemente cometeu suicídio. Instantaneamente um deseja o outro ardentemente e iniciam naquele momento um tórrido affair. Eles combinam que não revelariam nada de suas vidas, nem mesmo seus nomes, sendo que o objetivo dos encontros seria basicamente sexo. Mas gradativamente os acontecimentos vão fugindo do controle de ambos.


download: http://www.megaupload.com/?d=AU6H2K4P

Tamanho: 422Mb
Gênero: Drama / Romance
Formato: Rmvb
Qualidade: DVDRip
Áudio: Italiano
Legenda: Português
Ano de Lançamento: 1972Filmes e Seriados

terça-feira, 8 de junho de 2010

Live fast...die young!




Quero desabrochar desse sossego excessivo de ser eu fictício.Cansaço inaudito num torpor repleto de sono.Todos os dias como uma sucessão de momentos sufocados em horas de importância nenhuma.Quão abominável é o espetaculo da vida.
Avisto sobre a escrivaninha um caderno de ideias que são elas todas nada mais que velhos anseios disfarçados.Querer decifrar o indefinível.Tolice de existir uma saudade do que nunca houve.
Há um certo prazer nessa ferida cronica que me doí.
Nosso entendimento reciproco e lúcido de não haver esperanças.
Inúmeros seres indiferentes vivem em nós.
O carinho isento de não ser lembrado.A paixão insípida na expansão de um choro incorpóreo.
Levanto me da cama com a mesma certeza que move o moribundo.O mesmo entusiasmo insidioso dos convalescentes.Com a mesma promessa volúvel dos que se enchem de mistério.
Levanto me atordoado,como o ébrio fátuo e suas mentiras eufonicas para consigo mesmo.
Entorpecido por essa calma tépida de quem vive no colapso do eterno descontentamento.
Pra que haja morte é preciso antes,que haja vida.Um simulacro figurativo de uma identidade que é somente vulto.
Emergir na paisagem sonolenta de um ultimo olhar.Titubeante de desejo subito.
Pavido.Timido.Apatico.
Fenecer no tedio de uma solidão em final de tarde.
Sento me a beira do lago,sob a sombra fria de uma arvore cinzenta.
A contemplar o engodo que me cerca,me deito.Como quem cala por esquecimento.




"She don't wander in...don't wander in here, she...
She don't wander in here...don't wander in here...

The direction of the eye, so misleading
The defection of the soul, nauseously quick
I don't question, our existence
I just question, our modern needs

She don't wander in...don't wander in here, she...
She don't wander in here...

I will walk...with my hands bound
I will walk...with my face blood
I will walk...with my shadow flag
Into your garden, garden of stone...yeah..."

After all is done, and we're still alone
I won't be taken, yet I'll go...with my hands bound
I will walk...with my face blood
I will walk...with my shadow flag
Into your garden, garden of stone

I don't show...I don't share...
I don't need, yeah...What you have to give...

Oooh, I will walk...with my hands bound
I will walk...with my face blood
I will walk...with my shadow flag
Into your garden, garden...oh...

I will walk with my hands bound
I will walk into your garden, garden of stone...

I don't know...I don't care
I don't need, yeah...need to live...yeah, yeah, yeah, oh...
Uh huh huh... (8x)




Pearl Jam - Garden

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Simply Red - Holding Back The Years



...um friozinho otimo na noite tacita de segunda feira...remoendo sentimentos confusos na expectativa de que algum pensamento em mim realmente tome forma.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Os Três Mal-Amados



O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.


João Cabral de Melo Neto