Caminho por uma estrada de terra batida,vermelho desvairado,com uma extensa aleia de arvores desnudas ladeando.Seus galhos ressequidos como braços cadavericos parecem estender mãos imoveis como a pedir misericordia em seu tormento dos sem vida.É esse um rumo que segue a esconder-se dos olhos(esse mediocre mecanismo que nos embota o cerebro para novas verdades possiveis)num horizonte rutilante de possibilidades não escolhidas.O ceu pardacento carregado de nuvens plumbeas com relampagos que rasgam essa semi escuridão.Tudo tão soturno e insolito.
Promessas de chuva enchem meu coração de felicidade e agonia.Um sentimento controverso pra me manter aquecido dentro do misterio de ser quem não se reconhece em si mesmo.Havia eu e houve a muito tempo que estranhou-se numa duvida de morte.
Paro e fito tudo a minha volta.Não ha som de passaros,nem flores com a surrealidade de suas cores e seu mitico perfume.Não ha respirar de vida nem manhãs de luz avida a emprestar a humanidade algum simulacro de alma.Só o que ha é esse cheiro acre de morte ao qual pertenço cada vez mais.E o esporadico flash dos relampagos mudos numa realidade surda.
É um universo em desassossego a ser sempre outro que não se recorda do testemunho de ter sido.Onde estão as sensações vividas que como um fardo carregava comigo a me manter preso ao chão?Embriagar-se na ideia de ser nada exceto volatil.Sou imparcial a respeito do ridiculo de ter me feito gente e por que não simplesmente alguma outra coisa qualquer.Que especie de figura supomos ser.
Tão irriquieto no meu torpor de viver a ruminar o disparate das utopias.Penso eu que estou a dormir sob a sombra de uma figura desenhada.Mais me vale abrir uma cova pra me servir de alcova.
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