domingo, 17 de agosto de 2008



You took me to the restaurant where we first met
You knocked a future shock crowbar upside my head
I got caught with the stop of the tick-tock, tick-tock clock
When you told me what you knew

Lost in the moment
The day that the music stopped
And I do remember you

Drawing patterns with a cork on the tablecloth
Promising volcanic change of plot
Where will this lead us - I'm scared of the storm
The outsiders are gathering, a new day is born

(R.E.M - the outsiders)

A vida queima lentamente, sem filtros, sem atenuantes.É bruta,cancerigena.Regada a whisky,adrenalina e todos os monoxidos.Sudorese dos amantes de uma vicissitude ébria,exclusivo odor rançoso que ainda resta.Olho para um quarto que não conheço,deitado numa cama fria como a sentir a morte num cadafalso.Medo dessas coisas luridas que tenho atraido.Todas situações morbidas e inquietantes a qual me lanço, foram só porque escolhi um caminho traçado a esmo na escuridão de um cego titubeante? Ando por entre ruinas de uma quase vida.Escombros de uma quase verdade calida.Uma busca continua em me sentir ninguem.É quase uma liberdade para viver da sua propria forma.Uma catarse forjada, a minha.Mentiras vestidas em indumentaria de seda.Porque perfidia desse meu subjetivismo emprestado me diz : a redenção da liberdade vem atraves de uma vida baseada na razão.Sentimentos destroem.Ah,o que seria de mim sem essas verdades contestaveis que se compram numa banca de jornal, numa esquina boçal de uma avenida paulista qualquer.
Homem livido me vendeu,demasiados trejeitos femininos,uma maneira calma e ofegante de pronunciar palavras roucas.Como se estivesse a ler pausadamente um quadro negro.Parecia surpreso, a refletir naquilo que dizia buscava saber se eram verdadeiros pensamentos seus ou tão somente os memes a boiar no subconsciente, sempre a propagar-se pelas mentes afora.Quiçá fosse apenas esse continuo vitral esfumaçado de erva a ofuscar meus olhos.Dissimula minha realidade sinestesica com suas cores surrealistas.
Sou o intruso nessa vida vazia de duas pessoas que não conheço.Minto.A vida vazia não pertence a eles, mas a mim.A culpa mutua estampada em seus olhares cinicos, dedos acusadores apontados um para o outro,as eternas palavras cuspidas como farpas.Injurias.Continuo a ser intruso pelo tempo necessario."Ate que a morte nos separe".Indubitavelmente,prefiro ser o primeiro.
Recinto cheira a sexo.Não pago,mas a sensação que me sobra se equivale.Não seguro,porem pior pesadelo nem seria venereo.Uma criatura de sentimentos confusos jaz ao meu lado.Pobre titere a rastejar pelos becos.Cabelos castanhos,encaracolados e descuidados.Não ha espaços para zelos.A pele ressecada,cor de ceramica de suas costas cadavericas,as omoplatas que sobressaem.Vislumbro suas costelas proeminentes e me lembro de que ha lugares que não posso frequentar.Lembrança a soar mais como aviso.Em verdade,eu não deveria deixar me levar tanto por essa inquietação a girar em torvelinho.Foda-se essa merda, suponho que seria sensato dizer.Provo o gosto dessa pronuncia e tudo continua exatamente o mesmo.Minha sensatez é insossa.Gostaria sinceramente de elucidar minha propria charada.Essa que vivo a engendrar todos os dias.
Que solução resta?
Frequentemente acossado pelas duvidas que me atormentam.Seria tão mais simples se não mantivesse a mente opaca..."mantenha sempre as portas abertas, guri".
Falto novamente uma manha de sabado no trabalho.Quantas ja foram pelos mesmos futeis motivos.Companhia frivola,efemera de um alguem qualquer que nada acrescenta.Mais uma alma em conflito consigo mesma.Observo a essencia sorrateira que se esconde como reais motivos.Sou como um imã a atrair o que ha de pior.
Preciso voltar a dormir.A calma do sonho que afaga.
O que sera de mim apos essa manha ainda é duvida.Sobreviva ao seu destino pra que possa entende-lo.Folha em branco e uma caneta.Tudo o que preciso pra redigir essa historia.Dar a ela um novo sentido paranoico.

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