quarta-feira, 10 de novembro de 2010

That Joke Isn't Funny Anymore


Pergunto me as vezes e me incomodo com desagrado.Sinto alucinadamente essa violencia vertiginosa da ausencia de movimento.Tumulto do corpo.
Caminhei pelo vasto ermo com o desespero de um grito sufocado por ser ele o ultimo.
Misterios tolos a modelar a historia.Paro por um instante a observar o terror imerso nas coisas todas.O vento a curvar a relva num dia morbido de outono.Uma emoldurada foto em preto e branco na memoria.
Ja não me importa a ausencia de significados.As horas calidas na companhia absorta de mim mesma.Ideia vivida de um Deus morto.Abdicar se das religiões todas que são simbolos infecundos.
Quero recitar minhas palavras tão cheias de imundicie.Sou pusilanime.Então mantenho o silencio com os olhos quentes de lagrima.
Se nada mais importa,do que me adianta?
As lamentações insossas.Essa magoa persecutoria de nunca ter escrito um livro.
Sonho descontente embrulhado no utero.Uma obrigação tetrica e incerta ao qual me impõem o fardo morto.
Sussurrar de um pensamento que me trai.Nada sinto em mim que senão o tedio.
Passos lentos desse infortunio mal dormido,na pradaria vasta a sentir o roçar leve das gramineas.
Quicá a morte me defina.

Um comentário:

...Maré do tempo disse...

Lindo texto! Amo essa música! Parabéns pelo bLOG