quinta-feira, 8 de abril de 2010

Desperto...



despertar de um sono dos aflitos,cheio de horas intermináveis,de risos lapidados na necessidade pressurosa de quem vive numa solidão ressoante.madrugada fria e um abrupto secar me a boca.na escuridão tácita do meu quarto.tatear,lânguida e pretensiosamente em busca do calor do seu corpo.deparo me com o gélido vazio da cama.todas as manhãs velo aflito uma euforia que nunca se concretiza.eu,que ha muito titubeio sobre essas pernas tremulas de João ninguém.
vivo o fastio desta jazida lúgubre,envolto numa eterna nuvem translúcida de reticências.ferida palpável de uma dor quase tangível.
esse conhecimento antecipado de que nada se realizara me atordoa.
cativo desse meu cansaço de ser.abjurando o romantismo pusilânime que foi tudo que poderia haver.
esmolar o regalo dos abraços.a saciedade dos beijos.
e no final,ter a certeza de ser sempre esquecido.

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