terça-feira, 23 de junho de 2009

tento entender...


O que há dentro de mim que grita nas minhas madrugadas insones de uma sudorese a tremer de febre? Range os dentes. Sufoca o espirito. Rouba-me os pensamentos todos e deixa-me apenas a visão inebriante de um sorriso que é ele proprio o retrato exato de tudo o que possa ser perfeito.
Tenho medo da morte a espreita nas esquinas.
Conheço bem o que se passa e que em mim pouco se viu. Quiçá ainda não tenha visto. Não de tal maneira. Me assusta. Como posso dizer então daquilo que nunca senti? Os livros nada me ensinaram.
O misterio a corroer nas veias.
E quando suponho tal coisa ter tomado forma? Recrudescia muda, a espreita. E hoje me devoras.
Deveria algum de nós ter percebido? Ceifado o mal sem cura que se aproximava sorrateiro?
Penso na morte temeroso do não estar quando antes estava. Ter sido sempre o mesmo convalescente a lamentar tudo. Aturdido pelo brilho nos olhos amendoados da menina. Uma presença se instala com um certo alivio. Havia em mim um suspiro que já não se encontra. Soluço engasgado num choro derradeiro.
Saudades sentirei de todos. Mas ha aquela por quem a razão é conivente. Fecha os olhos e sorri, pra que o sentimento inunde a tudo e me afogue. Por esta, não ha saudades. O que existe é sim como se me faltasse um pedaço do corpo. Uma perna, um braço ou ele todo. É como se eu não existisse em mim mesmo.
Não ha dicionarios em quaisquer linguas possiveis que me traduza isso que sinto.
...ja não ha remedio ou explicação plausivel.
Não te esquecerei jamais!

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